sábado, 22 de outubro de 2011

MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EAD: COMUNICAÇÃO, MÍDIAS E LINGUAGENS NA APRENDIZAGEM EM REDE



MESTRADO EM EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E SABERES DOCENTES
MESTRANDA: BETÂNIA M. PEREIRA SILVONI

ARTIGO SELECIONADO:

MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO
DOCENTE PARA A EAD: COMUNICAÇÃO,
MÍDIAS E LINGUAGENS NA
APRENDIZAGEM EM REDE
Dulce Márcia Cruz
Programa de Pós-Graduação em Educação – UFSC

INTRODUÇÃO


Este texto descreve alguns resultados dos projetos que
venho realizando que têm como objetivo investigar os processos
comunicacionais decorrentes das mudanças na função docente na
Educação a Distância (EAD). Nossa hipótese é que tais mudanças
na comunicação devem ser consideradas na formação ministrada
aos professores para realizarem a mediação pedagógica nos seus
cursos a distância. Em primeiro lugar porque os espaços e os tempos
educacionais não são mais os mesmos, baseados na presencialidade
e oralidade, onde professores falam e alunos escutam. São
substituídos por trocas que se distribuem em tempos e espaços extra-
classe, materializadas na escrita impressa, hipertextual e audiovisual,
com imagens e sons, gravados ou sincrônicos, que podem ser lidos,
vistos, ouvidos e modificados das mais diversas formas em redes de
aprendizagem nas quais professores e alunos se comunicam e se
ensinam mutuamente.
Em segundo lugar, a utilização cada vez maior das mídias para
produção, estocagem, transmissão e troca de informações implica numa
aproximação maior de professores e alunos das etapas de produção,
distribuição e utilização dos produtos audiovisuais e hipermidiáticos.
Essas mudanças pedem uma formação docente que capacite os
professores para assumir a autoria, a criação e o uso dos produtos
simbólicos. Isso significaria, por um lado, capacitar tecnicamente
professores e alunos (em termos de equipamentos e linguagens) e, 
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por outro lado, torná-los aptos a saber como descobrir e utilizar outros
materiais produzidos nas mais diversas fontes, tornando-se usuários
críticos e ativos e não apenas consumidores ou reprodutores.
Em terceiro lugar, essas práticas resultam em novas demandas
para a atuação do professor. Lévy afirma que a transformação do
professor vai se dar de um papel de fornecedor do conhecimento para
o de um provocador do aprender e pensar. Segundo suas palavras,
esse formador

torna-se um animador da inteligência coletiva dos grupos
com os quais ele se ocupa. Sua atividade estará centrada
no acompanhamento e na gestão dos aprendizados:
incitação à troca de saberes; mediação relacional e
simbólica, condução personalizada dos percursos de
aprendizagem etc. (LÉVY, 1993, p. 5).

Para agir assim, Belloni (1999, p. 17) afirma que o professor
terá que aprender a trabalhar em equipe e a transitar com facilidade em
muitas áreas disciplinares: “será imprescindível quebrar o isolamento
da sala de aula convencional e assumir funções novas e diferenciadas.
A figura do professor individual tende a ser substituída pelo professor
coletivo”.
Mais especificamente com relação à educação a distância,
esse trabalho coletivo faz parte das características tradicionais dessa
modalidade de ensino e que, de acordo com Peters (2001) estava
baseada num processo industrial, determinado pela racionalização,
divisão do trabalho e produção de massa. As alterações tecnológicas
modificaram a produção em massa, transformando-a em processos
mais flexíveis e customizados, mas a racionalização permanece como
um objetivo (não necessariamente alcançado). Já as habilidades
docentes seguem divididas em tarefas que Aretio (1994) resume
em três: ser especialista no conteúdo das disciplinas do curso e
na produção dos materiais didáticos e ser responsável por guiar a
aprendizagem através da tutoria ou do aconselhamento. Importante 

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é que tais tarefas não são necessariamente realizadas pelo mesmo
docente, por isso o caráter de autoria coletiva que assume o processo
educacional.
Quando a comunicação educativa é mediada por tecnologia ela
precisa passar ao mesmo tempo por um processo de mediatização.
Mediatizar implica em estabelecer estratégias de uso dos materiais
didáticos e selecionar os meios e metodologias de ensino mais
adequados para que o processo educacional aconteça através
de tecnologias de informação e comunicação. E as mídias (e suas
características, potencialidades e limitações) trazem uma série de
dificuldades não só de aprendizagem técnica, mas metodológica,
estética, afetiva e, especialmente, didática para os professores.
Neste cenário, temos buscado nos últimos anos perceber
como os agentes formativos (especialmente professores e tutores)
estão compreendendo os desafios que as mídias trazem em suas
rotinas de trabalho, se estão aprendendo suas linguagens e se vem
utilizando-as de maneira dialógica na educação a distância (CRUZ,
2007; CRUZ, 2009; MARTINS; CRUZ, 2008). Um conceito central
que temos utilizado é o de mediação pedagógica, entendida como o
processo de comunicação que visa a aprendizagem e que acontece
tanto nas etapas de produção de materiais educativos para o estudo
a distância como o que ocorre durante a troca de mensagens entre
os agentes conforme os cursos vão sendo ministrados. Na nossa
pesquisa ela vem sendo estudada nas linguagem(ns) utilizadas
nas mídias (audiovisual, hipermidiática, impressa) da EAD em seus
contextos que geram enunciados e trocas enunciativas em diferentes
momentos.


METODOLOGIA


Neste artigo pretendo discutir como vem acontecendo a
mediação pedagógica durante o processo de produção dos materiais
didáticos do modelo UAB e a formação docente para a EAD nos
quatro cursos de licenciatura a distância da UFSC. A base dos dados 
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é constituída pelas entrevistas com 15 professores (de um total de 30)
bem como da análise das aulas e textos produzidos nas três mídias
principais da UAB: os materiais impressos, o ambiente virtual de
ensino e aprendizagem (Moodle) e a videoconferência.
Comoumainovaçãoemandamento,aeducaçãoadistânciapede
uma abordagem qualitativa, por causa da dificuldade de generalização
das diversas experiências e soluções, dentro de uma universidade,
dentro dos cursos e mesmo entre as disciplinas. Como nosso objetivo
não é fazer análise dos discursos e sim perceber as experiências e as
diferentes soluções didáticas que são dadas durante o processo de
apropriação das mídias, precisamos nos manter com uma abordagem
mais ampla e não micro. Nosso interesse não se encaixa no campo da
linguística, mas sim na fronteira entre a comunicação e a educação. E
a tentativa de perceber modelos, continuidades e repetições através
do estudo das interações não impede que deixemos de perceber os
fatores macro que envolvem as decisões políticas, econômicas e
administrativas da produção da educação a distância.
Por essa razão, para a coleta dos dados, a metodologia precisa
ser flexível para dar conta das diversas instâncias onde os nossos
sujeitos atuam, seja nos espaços de formação, na produção e na
execução dos cursos onde ocorrem a trocas discursivas e a interação
entre os agentes. Dessa maneira, nossas opções metodológicas se
desdobram em várias técnicas de coleta que incluem a pesquisa
bibliográfica, a análise de documentos (impressos e on-line
disponibilizados nos ambientes virtuais de ensino e aprendizagem),
de narrativas obtidas em textos produzidos por alunos nas disciplinas
que ministramos na EAD, entrevistas com professores, e, atualmente,
estamos analisando questionários aplicados aos tutores. De forma
ativa, fazemos observação participante nos processos de formação
ministrando minicursos e disciplinas de capacitação de professores e
tutores sobre o uso das mídias e as questões de comunicação na EAD.
O objetivo dessa inserção ativa é desenvolver uma visão crítica de
professores e tutores sobre a complexidade da mediação tecnológica
no processo educacional, tanto pela discussão teórica e como prática 337


das situações dialógicas da educação a distância.


CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS E PRODUÇÃO DE MATERIAIS
DIDÁTICOS NA EAD


Acreditamos que, apesar de vários fatores influenciarem o
“fazer EAD”, a concepção pedagógica é determinante no modo como
as tarefas docentes serão constituídas. Neste sentido, podemos
dizer que da mesma maneira que no presencial, as duas tendências
pedagógicas mais influentes no Brasil, como aponta Libâneo (1994),
que são a de cunho liberal e a progressista, também estão presentes
na educação a distância. Dentre os autores mais conhecidos das
duas concepções, vamos utilizar como exemplo a proposta de modelo
sistêmico de Moore e Kearsley (2007), que identificamos como de
cunho liberal e a educação a distância alternativa de Gutierrez e Prieto
(1994), de cunho progressista. Nossa hipótese é que as diferenças
em termos de proposta didática majoritária nos modelos de EAD, de
cada instituição e sua equipe vão interferir na formação, no trabalho
docente, na produção de materiais didáticos (em termos de forma,
conteúdo e metodologias) e no tipo de interação entre os agentes
envolvidos.
Na concepção sistêmica ou instrucional, de Moore e Kearsley
(2007) vemos que todas as ações de ensino são previamente
planejadas, uma vez que esse modelo enfatiza o planejamento, pois
cada estágio que o compõe resulta em um produto e está ligado ao
outro que o antecede. Juntos, os estágios formam um ciclo contínuo
de procedimentos para a criação do material. A avaliação é processual
e formativa, ocorre por meio de testes vinculados a cada unidade
de estudo, desta forma, os instrutores respondem aos estudantes
se aprenderam ou não, porém, se a resposta não acontecer, a
comunicação adquire um único sentido. O profissional encarregado
de apoiar o docente nessa tarefa é o designer instrucional.
A interação entre instrutor e estudante e entre este e outros
estudantes é previamente planejada. Além dessa interação, a 

participação do estudante também é planejada para que ele possa
interagir com os temas de estudo, e uma das alternativas, é a criação
de perguntas a respeito do que se está aprendendo, para que ele
possa responder e refletir sobre o conteúdo. Outro papel do instrutor é
proporcionar ao estudante o feedback, momento em que ele interage
com o estudante para responder sobre a sua aprendizagem. Moore
e Kearsley (2007), caracterizam o diálogo como algo direcionado e
construtivo que é apreciado pelos participantes em que cada uma das
partes que presta respeitosa e interessada atenção do que o outro tem
a dizer.
O instrutor precisa incentivar e apoiar o aprendizado
autodirigido, pois estudantes com estas características precisam de
menor interação e desenvolvem maior autonomia. Por essa razão,
os materiais de instrução cumprem a função de comunicar aos
estudantes o que é necessário para que eles cumpram os objetivos de
aprendizagem, e para tanto, acrescenta-se a eles mídias que podem
auxiliar o desenvolvimento desses objetivos. Ao final do processo,
espera-se dos estudantes aptidões em relação aos conteúdos, e que
tenham certo nível de desempenho de acordo com os objetivos que
foram estabelecidos para a sua aprendizagem.
A concepção pedagógica de cunho progressista pode ser
identificada com a idéia de educação a distância alternativa de
Gutierrez e Prieto (1994). Tal proposta visa à organização de um
processo de educação à distância em que o diálogo é a base que
orienta todas as ações, pois é por meio dele que os agentes envolvidos
no processo de ensino-aprendizagem podem trocar as experiências,
os conhecimentos, as informações, por fim, a cultura. Para eles, na
produção de um curso à distância, é necessário considerar a realidade
sócio-cultural dos sujeitos que dela participam, pois a aprendizagem
do estudante é o principal objetivo. Desta forma, é preciso que se
criem situações de aprendizagem que possibilitem a educação pelo
sentido, uma vez que a educação é um processo em que professores
e estudantes compartilham experiências e conhecimentos. O
profissional encarregado de apoiar o docente nessa tarefa é chamado 339


de designer educacional (GOMEZ, 2004).
Espera-se do estudante o desenvolvimento de uma
aprendizagem autônoma, que ele seja capaz de organizar o seu
estudo de acordo com suas possibilidades, que estabeleça relações
entre os diferentes conteúdos, que desenvolva uma atitude crítica
em relação às realidades que lhes são apresentadas aprendendo a
buscar informações, situar, operar, analisar e resolver problemas, criar
e construir conhecimentos. Para Gutierrez e Prieto (1994), será com o
auxílio de materiais didáticos, do ambiente virtual de aprendizagem e do
tutor que ele conseguirá alcançar este objetivo. Os materiais didáticos
devem propiciar a interlocução entre professores e estudantes, para
isso, na concepção dialógica é necessária a ‘mediação pedagógica’,
isto é, a utilização de recursos didáticos e metodológicos que darão o
tratamento adequado aos conteúdos de ensino para que a comunicação
entre professor e estudante realmente aconteça. A comunicação deve
ocorrer em todos os níveis, ou seja, entre todos os agentes envolvidos
nesse processo de educação e em todos os sentidos.
Na produção dos materiais didáticos, é preciso que se
estabeleçam os objetivos de aprendizagem para que a partir deles,
sejam desenvolvidas ações e situações que a propiciem. Da mesma
maneira, promover a participação dos estudantes a partir de processos
coletivos de criação, produção e implementação de cursos e materiais,
incentivando a expressão das diferentes subjetividades entendendo
que todos os sujeitos constituem relações, e que estas, ocorrem
principalmente pelo diálogo. Essa concepção progressista forma a
base teórico-metodológica da nossa pesquisa ao se complementar
com as idéias de outros autores que identificamos com a pedagogia
dialógica, em especial Bakhtin, Vigotsky e Freire (1997).


DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS


O Modelo UAB/UFSC
Nosso locus de pesquisa é a Universidade Federal de Santa
Catarina que desde a década de 1990 oferece cursos de educação 


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a distância. Com a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB)
em 2006, a UFSC passou a integrar o sistema, oferecendo em 2009,
11 cursos de graduação (licenciatura e bacharelado), cinco cursos de
especialização e quatro cursos de extensão na modalidade à distância
(Disponível em http://ead.ufsc.br/ acesso em 22/02/10). As equipes
pedagógicas e de capacitação da UAB/UFSC produzem material
informativo e formativo aos professores, tutores e estudantes sob a
forma de guias de elaboração de materiais didáticos, guias de tutoria e
guias de aluno, que são disponibilizados em modo impresso e on-line
com informações e instruções referentes a cada curso.
No caso dos cursos de licenciatura, o modelo didático
é constituído de encontros presenciais, materiais impressos,
videoconferências, ambiente virtual de ensino-aprendizagem (AVEA)
e atividades práticas em laboratórios. As atividades a distância
acontecem em sua maioria dentro do AVEA. As atividades presenciais
são compostas por encontros entre professores, estudantes e tutores
no pólo de apoio presencial que conta com uma infra-estrutura
comporta por laboratórios de informática, biologia, física e química,
com biblioteca e com estrutura de apoio para a tutoria e estudantes
dos cursos e por equipamentos de videoconferência. O AVEA utilizado
é o Moodle, software livre adotado pela UAB, único para a UFSC, mas
customizado para as necessidades de cada curso.
Até 2009 existiam em toda universidade oito núcleos
encarregados da formação e produção de materiais didáticos. Para os
cursos de licenciatura, o LANTEC, Laboratório de Novas Tecnologias
do Centro de Ciências da Educação, dá assistência para a formação
de professores e tutores e fornece as equipes de produção de material
impresso e audiovisual. Quanto ao AVEA, cada licenciatura possui uma
equipe responsável por sustentar e organizar o ambiente, e ao mesmo
tempo, disponibilizar os materiais necessários para os cursos. De um
modo geral, esses profissionais trabalham junto com o professor,
auxiliando nas adequações necessárias dos materiais produzidos por
ele. O professor elabora textos e/ou hipertextos, organiza atividades
para o AVEA e recebe orientações da equipe pedagógica e técnica

                                           para adequar suas produções à modalidade EAD.


MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO DOCENTE NAS MÍDIAS


A mediação pedagógica para Gutierrez e Prieto (1994) possui
três dimensões: o tratamento com base no tema, com base na
aprendizagem e por fim, com base na forma. Faremos nossa descrição
e análise dos dados buscando relacionar a formação oferecida na
instituição com o tratamento com base no tema, na aprendizagem e
na forma que são dados pelos docentes em suas disciplinas.


O Material impresso
Nossas pesquisas mostram que o material impresso tem
recebido uma atenção maior dentro dos processos de formação
docente. Além das qualidades do próprio livro que é mais fácil de ser
utilizado pelos alunos, algumas outras razões podem ser apontadas
para que se gaste geralmente mais tempo e trabalho na produção dos
materiais impressos do que nas outras mídias. A EAD por material
impresso é a mais antiga, mais conhecida, sobre a qual mais se
tem escrito e teorizado e para a qual existem propostas de práticas
conhecidas e consolidadas. O material impresso permite estabelecer
rotinas de produção, envolvendo equipes de trabalho e funções
especializadas, tais como as do design instrucional, que acaba
sendo um importante espaço de formação docente continuada. Em
nossa pesquisa, os professores disseram que foi quando receberam
formação continuada, intensa, prática, útil e significativa e não apenas
teórica e abstrata. Outro ponto facilitador é que muitos professores
universitários estão acostumados a usar a escrita para a publicação
de seus resultados de pesquisa e alguns tem familiaridade com o
processo de transposição didática (ALVES FILHO, 2000) para traduzir
conhecimento científico sob a forma de manuais e livros-texto.
Em termos de tratamento com base na forma, no entanto,
essa aparente facilidade se revela uma grande barreira a ser vencida
porque as linguagens utilizadas nos dois momentos (acadêmico e 

didático) são bem diferentes. Para muitos professores, escrever para
os alunos é mais difícil que escrever para seus pares. Pesa nessa
dificuldade uma demanda que vem justamente das equipes de
produção, que sofrem uma forte influência da teoria da conversação
didática guiada, de Holmberg (ano), bastante visível na linguagem dos
materiais impressos. Essa teoria propõe que a adoção de um estilo de
conversação no texto escrito (e que pode ser atualizada para as mídias
interativas) vai criar empatia e um aumento de motivação dos alunos,
simulando o diálogo em sala de aula presencial. Holmberg propõe
que os materiais de auto-aprendizagem sejam bem desenvolvidos
para que haja uma comunicação entre professor e aluno num estilo
de conversação didática guiada, amigável e que vão resultar em
sentimentos de relação interpessoal, prazer intelectual e motivação
para o estudo.
Por essa razão, é comum os professores conteudistas serem
chamados a “simplificar” sua linguagem, tornando-a clara, acessível,
afetiva, coloquial, num estilo pessoal que utilize pronomes pessoais
e possessivos. Pede-se que interajam com seus leitores através de
materiais pedagógicos claros, de fácil leitura e com uma densidade de
informação moderada, que forneçam instruções e sugestões explícitas
e fundamentadas sobre o que fazer e o que evitar e sobre as temáticas
mais importantes que devem ser consideradas para a aprendizagem.
Além disso, os textos devem ser se esforçar em promover a troca de
ideias, o questionamento e a avaliação do que deve ser aceito e o
que deve ser rejeitado, além de envolver emocionalmente o aluno de
modo a que este tome um interesse pessoal pela matéria e por suas
problemáticas. (Disponível em http://guidedconversations.wikispaces.
com/teoriadaconversa%C3%A7%C3%A3odidactica - acesso em
12/02/10)
No caso estudado verificamos algumas práticas comuns na EAD
e, de certa maneira sugeridas pelos manuais de Designers Instrucionais,
de desenvolver modelos com formatos fixos, padronizados, com
seções que se repetem. As vantagens desses templates permitem
que, por um lado, os conteúdos possam ser preenchidos pelos textos
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dos professores e, por outro, não trazem dificuldade para que os
designers instrucionais “acertem” seu estilo de acordo com as normas
da conversação guiada. Uma das consequências desse modo de
autoria coletiva é que muitos professores acabam preferindo entregar
materiais brutos, conteúdos compilados, agindo como coletores de
citações que serãEm termos de tratamento com base no tema, uma
questão problemática é que os materiais impressos acabam muitas
vezes sendo feitos como conteúdos estanques, descontextualizados,
um agrupamento sem função de dirigir a aprendizagem. Essa
descontextualização do texto impresso também ocorre com relação
aos alunos, pois esses não são conhecidos no momento da produção
do livro que antecede seis meses ou mais do início da disciplina.
A referência ao outro com quem os professores dialogam em seus
textos é a dos jovens alunos presenciais das universidades, distintos
do público maduro que será encontrado nos cursos a distância.
Em termos de tratamento com base na aprendizagem, um
aspecto componente desse modo de produção que verificamos
na nossa pesquisa foi que em sua maioria os livros da EAD não se
relacionam e não fazem referência ao que será publicado no ambiente
virtual de ensino e aprendizagem. Por um lado, esse descolamento
torna o livro autônomo do curso e do contexto para o qual foi produzido,
podendo ser reutilizado em outras situações de aprendizagem. Uma
justificativa para isso é a necessidade de textos básicos de consulta para
que os alunos tenham “alguma coisa” nas mãos, pois em seus polos
provavelmente haverá uma biblioteca bastante escassa. Vale lembrar
que um dado positivo é que muitos professores ficam satisfeitos com
o esforço despendido na redação do livro e com seu resultado final e
veem nele um bom auxiliar para suas aulas presenciais, justamente
por essa função de manual didático autônomo.


Ambiente virtual de ensino e aprendizagem
Bem diferente do material impresso, a mediação pedagógica,
a comunicação e a interação nos ambientes virtuais ainda estão em
processo de construção na maioria dos modelos de EAD, com muitas 

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experiências e abertura para criatividade e inovações e que sugerem
um esforço maior de investigação, dada a variedade de soluções
experiências. Uma dificuldade metodológica também se deve ao
fato de, ao contrário dos livros, que são poucos e tem seus formatos
fechados e inalterados depois de prontos, os AVEA se constituem
em espaços vivos, flexíveis, orgânicos, que podem ser modificados
constantemente, além de acumular uma quantidade de dados e de
trocas enunciativas de dificil manipulação. São muitas as possibilidades
de análise, tanto quantitativa como qualitativa.
Em termos de tratamento da forma, algumas instituições com
experiência acumulada já chegaram a um formato para o ambiente
virtual, da mesma maneira que no impresso, com seus templates e
espaços a preencher, normas a serem seguidas e atividades padrão
que se reproduzem e para as quais os professores tem que se adaptar
e construir seus textos e/ou suas disciplinas e cursos. Nesses casos, a
formação docente também acaba acontecendo de forma continuada,
durante o processo de desenvolvimento do site, podendo o professor
contar com a equipe de produção enquanto trabalha na criação dos
materiais e estratégias didáticas que serão desenvolvidos durante a
disciplina. Ocorre também do conteudista do material impresso não
ser o mesmo que desenha o curso virtual, mas aquele que irá se
responsabilizar por sua execução. Ou então de designers instrucionais
e gráficos produzirem um formato resumido do texto assumindo que
a linguagem hipermidiática é diferente e os responsáveis por sua
produção não precisam ser necessariamente os docentes.
Nos cursos que temos estudado, no entanto, os ambientes
virtuais ainda são espaços em construção e as equipes de trabalho
estão mais voltadas às questões estéticas e técnicas que pedagógicas.
Com isso, a ênfase de tempo e esforço que foram dedicados ao
material impresso é no caso do AVEA radicalmente reduzida e o
formato que terão os ambientes virtuais passa a depender de muitos
fatores, dentre eles a estruturação de equipes específicas dos cursos
até a maior ou menor habilidade dos professores em lidar com a
linguagem hipermidiática. Com isso, muitas disciplinas começam a
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ser ministradas no AVEA ainda como esboços que serão modificados
durante o andamento dos cursos e os professores tem total liberdade
de adaptar e usar as ferramentas conforme achem mais adequado.
Em termos de formato, ainda é bastante comum a referência
estética ou sequencial para as informações vindas do impresso,
gerando uma organização dos espaços e das atividades de modo
linear e por tópicos. O ambiente utilizado na UAB, o Moodle, permite
uma variedade razoável de formatos de apresentação dos conteúdos
e ferramentas de comunicação. Mas para dominá-las é preciso uma
capacitação técnica que vai além do básico de acesso e de um
mínimo de gerenciamento. Por essa razão, a formação docente não
se configura de modo estruturado e continuado, variando bastante
conforme a motivação e a disponibilidade de tempo que o docente
dispõe para buscar apoio na produção e manutenção do AVEA. A
formação técnica das ferramentas vem sendo oferecida regularmente
na UFSC aos docentes e tutores mas geralmente se situa num
patamar operacional, voltado para questões concretas e pontuais tais
como o gerenciamento das notas e das tarefas. Ainda são poucos
os espaços de discussão durante a formação de questões voltadas
à mediação pedagógica nos tratamentos não só de conteúdo mas de
forma e de aprendizagem. O que foi descrito se refere ao momento de
preparação do AVEA e que adquire outros contornos no momento em
que a disciplina começa a ser ministrada.
Em termos de tratamento da aprendizagem, o que percebemos
em nossa pesquisa é que cada disciplina pode administrar da maneira
que considerar conveniente a organização desses espaços. Vale
ressaltar que, de maneira geral, no modelo UAB/UFSC, todos os
cursos têm a liberdade de criar tópicos de discussão em dois grandes
grupos: “Fóruns Gerais” e “Fóruns para Atividades de Aprendizagem”.
As mais diversas configurações foram encontradas dentro dessas
duas possibilidades na investigação dos cursos. Alguns reservaram o
espaço dos “Fóruns Gerais” para permitir aos estudantes realizarem
conversas informais, sobre dúvidas da disciplina ou do funcionamento
do curso. Outros deram permissão para que os próprios estudantes 
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criassem tópicos de conversas, entre outros. Esse tipo de fórum foi o
que apresentou os maiores números de acessos, tabulados por meio
da contagem das postagens realizadas.
O segundo grupo de fóruns, destinados às atividades de
aprendizagem, alcançou grandes acessos quando notificado aos
estudantes que aquele tópico específico era uma tarefa obrigatória
para a avaliação do desempenho no curso. Muitos tópicos criados,
em diversos cursos, com o título de tira-dúvidas sobre o conteúdo não
receberam nenhuma postagem. Esse silêncio pode sugerir que os
estudantes estavam suficientemente satisfeitos com as informações
recebidas via leitura do material impresso e/ou pesquisas individuais
e por isso não precisaram recorrer à discussão com os professores,
tutores e outros colegas mas acreditamos que seja pouco provável
que essa hipótese seja confirmada.
Também avaliamos que o modo como foram utilizados esses
espaços comunicativos não garantiram que existisse uma troca
de conhecimentos ou momentos de discussão de idéias. O que se
observou foram amontoados de respostas, na grande maioria sem
relação umas com as outras, apenas preocupando-se em demonstrar
presença no AVEA ou realizar a tarefa proposta quando percebiam
que teria uma função avaliativa. Os estudantes não foram instigados
suficientemente a refletir sobre aquilo que o grupo ao qual pertenciam
estava produzindo mas apenas a responderem adequadamente aos
enunciados das atividades propostas. Porém, os professores, durante
as entrevistas realizadas, haviam mencionado que consideravam
importantes as trocas realizadas nos espaços de “fóruns”, justamente
porque era possível realizar discussões sobre os temas em estudo.
O chat, outra ferramenta disponível no Moodle, foi apontado
pela maioria dos professores entrevistados como “um espaço de
socialização, de interação”, em que “os estudantes ficam mais
relaxados, por ser lúdico e divertido”. Em um curso que atende um
número grande de pólos o “chat” foi a ferramenta mais utilizada. Nesse
curso, todas as disciplinas organizaram suas atividades possibilitando
momentos semanais de encontro dos estudantes com seus respectivos 347


tutores (UFSC) para espaços de conversas em tempo real.
Pedimos aos professores que falassem sobre suas atuações
no AVEA e todos afirmaram que no início da disciplina entravam no
ambiente todos os dias, inclusive nos finais de semana. Com exceção
de um professor, os demais continuaram acessando diariamente até o
final do semestre. No entanto, ao buscar o número de participações dos
tutores no ambiente virtual percebemos que ele foi superior ou próximo
ao número de postagens realizadas pelos professores responsáveis
na maior parte das disciplinas. Não é mesmo tarefa das mais simples,
sem falar do fator tempo hábil, realizar mediação pedagógica via
ambiente virtual. Ler todas as postagens dos “fóruns” diariamente é
difícil para quem acumula a dupla jornada de ensino presencial e a
distância. Percebe-se pela análise da presença no AVEA que a solução
encontrada pelos professores tem sido a de partilhar essa função com
os tutores. Verificar até que ponto os tutores estão vivenciando essa
função docente é o objetivo da pesquisa que estamos atualmente
realizando e que está em fase de coleta de questionários.


Videoconferência
A videoconferência é uma das três mídias principais do modelo
UAB e tem sido incorporada dentro do planejamento de todos os
cursos da UFSC. Por já existir uma experiência de uso dessa mídia
desde 1996 na universidade e o formato desenvolvido ter servido de
modelo para muitas salas de videoconferência de todo país, nossa
pesquisa verificou que ao serem montados novos laboratórios, a
apropriação recomeça pelos estágios iniciais. Com isso, o que poderia
ser utilizado como conhecimento acumulado é reinventado e refeito,
num processo de inovação composto mais uma vez por tentativa e
erro, sem consideração pela experiência acumulada. Esse aspecto
de isolamento de grupos dentro de uma mesma instituição pode ser
um grande empecilho para que uma inovação consiga alcançar seus
estágios mais sofisticados como demonstramos em nossa tese de
doutorado (CRUZ, 2001).
Por não serem preparados e pensados para o uso pedagógico, 348


os ambientes de videoconferência trazem muita dificuldade para os
professores ministrarem suas aulas. A visibilidade é parcial, pois não
se vêem todas as salas e quando isso é possível, as telas geralmente
mostram borrões em movimento, mal iluminados, mal enquadrados
e em cenários pobres esteticamente. A interação é baixa, porque as
dinâmicas dialógicas através de microfones precisam ser dominadas
tecnicamente para que haja uma corrente enunciativa fluente. É
comum que a fluência da aula seja cortada por falhas técnicas, por
pontos que não conectam, ou desconectam durante a duração da
sessão, ou por problemas que diminuem a comunicação entre os
polos, tais como faltar som ou imagem em alguns locais. Os formatos
técnicos não auxiliam sua utilização didática. As ferramentas não
estão disponíveis de forma acessível e instintiva para os professores.
Os modos de comunicação também não facilitam a fluência, precisam
passar por comandos técnicos em sequência, que desconcentram o
professor e quebram o ritmo das atividades. Verificamos muitas vezes
a tentativa de ações que não dão certo por problemas técnicos, seja
porque o equipamento não permite, seja porque a equipe não conhece
mais detalhadamente suas funcionalidades ou mesmo porque elas
não foram habilitadas para o uso.
Esses fatores trazem muita resistência e desmotivação para o
uso da videconferência pelos professores e alunos. A consequência
mais importante dessa reação negativa é a descrença dos professores
sobre a necessidade de ter uma capacitação específica para a mídia,
mesmo quando oficinas são oferecidas regularmente para isso.
O desconhecimento de seu potencial interativo acaba levando a
inclusão da videoconferência no cronograma para suprir a ausência
de encontros presenciais ou simplesmente porque faz parte do
modelo de EAD. Por conta desses problemas, nas avaliações de
alguns cursos de licenciatura chegou-se inclusive à conclusão de que
a videoconferência não é uma mídia adequada à EAD.
Com isso, o tratamento dado à forma não aproveita as
características audiovisuais interativas da videoconferência. Da mesma
maneira, o tratamento da aprendizagem deixa a desejar, pois ela é 


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percebida como um momento de transmissão de informações, para
aulas inaugurais e apresentação dos planos de ensino, com poucos
professores criando dinâmicas interativas para participação dos alunos.
O seminário foi apontado por alguns professores como uma alternativa
de inclusão ativa dos alunos e em algumas situações observadas tanto
nos polos como nas salas da universidade percebemos que, apesar
das limitações técnicas anteriormente nomeadas, a participação dos
alunos foi bastante satisfatória. Nesses momentos, os professores
percebem a potencialidade dialógica da mídia mas como são poucos
os encontros previstos por ela, não chegam a adquirir competência
para um uso mais interativo.


CONCLUSÕES


Este artigo buscou discutir uma relação existente entre
algumas variáveis: concepção pedagógica, formação e produção
de materiais didáticos e a comunicação na educação à distância
que ocorre de forma mediada e entre realidades (e tempos) muito
diferentes. Vimos que em materiais didáticos mais tradicionais como o
impresso, a concepção instrucional predomina com sua racionalização,
planejamento e programação das respostas implicando em produções
textuais descontextualizadas e distantes da realidade dos alunos.
No ambiente virtual de aprendizagem, pelo contrário, a inovação e
criatividade são grandes e a flexibilidade característica da hipermídia
permite experimentações e possibilidades mais progressistas e
dialógicas que abrem espaço para a construção de conhecimentos de
modo colaborativo e crítico. No entanto, a formação docente que vem
sendo feita de forma contínua para os materiais impressos é ainda
insuficiente para as diversas demandas pedagógicas que os ambientes
virtuais trazem com suas inúmeras possibilidades e ferramentas. Nessa
direção, mostramos que os professores se ressentem do excesso
de teoria e da ausência de formação prática que lhes dê subsídios
para uma atuação mais complexa, mas por outro lado não dispõem
de tempo para se dedicar a uma capacitação para uso das diversas

350


mídias que lhes são tão estranhas, como o caso da videoconferência.
Na nossa pesquisa percebemos se espera o aluno seja capaz
de organizar o seu estudo de acordo com suas possibilidades, que
estabeleça relações entre os diferentes conteúdos e que desenvolva
uma atitude crítica em relação às informações que lhes são
apresentadas. Para que isso aconteça é preciso que a comunicação
entre professores e alunos seja o mais dialógica possível no sentido
que lhe dá Paulo Freire, de empatia e comunhão pelo outro. É nesse
momento que se apresenta a função da mediação pedagógica como
um conjunto de procedimentos realizados na criação de materiais
educativos que objetivam uma educação baseada na comunicação,
ou seja, uma educação que tem como fundamento o diálogo.
Dentre os obstáculos para esse diálogo, podemos citar o fato de
que os professores, enquanto autores, irão utilizar como experiência e
parâmetro para exercer a mediação pedagógica o que conhecem do
ensino convencional. No caso do impresso, o livro-texto é o modelo de
escrita que se configura como um repositório de conhecimentos que
os professores interpretam, selecionam e passam para os estudantes.
Essa referência “impregna o processo de produção do texto e, ao
mesmo tempo, provoca desilusões e dificuldades desnecessárias para
os estudantes que os utilizam em cursos a distância” (FIORENTINI;
MORAES, 2003, p.30). Outra referência vinda do presencial, que marca
ideologicamente a mediação pedagógica, é a do ensino autoritário,
onde a voz do professor tem predominância sobre a dos alunos e onde
a criatividade e a expressão lúdica não são incentivadas.
A dificuldade dos professores de criar rotinas para estabelecer
e valorizar o diálogo com seus alunos apareceu em nossa pesquisa
demonstrando que está em andamento uma crescente delegação
da responsabilidade para os tutores pela interação e comunicação
nos ambientes virtuais. Estudar quais as consequências dessa
descentralização da função docente para agentes que não estão
necessariamente preparados para isso e quais as demandas que
devem ser incluídas na sua formação é nosso objetivo atual de
investigação. 
Finalizando, apontamos a necessidade de desenvolver
ferramentas teórico-metodológicas consigam abarcar a complexidade
da comunicação na EAD para registrar melhor a quantidade e
densidade da produção textual e das interações. Estudar os conteúdos,
os sentidos e os significados para os agentes na troca de enunciados
durante as situações didáticas é primordial para que se estabeleçam
programas de formação que qualifiquem a mediação pedagógica. Só
assim a educação a distância conseguirá ultrapassar a fragilidade
de estar sendo produzida à margem dos processos educativos na
universidade e se configurar como uma alternativa viável para a
democratização do acesso à academia por cidadãos de todo país.


AGRADECIMENTOS


Agradeço ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico) pelo apoio financeiro mediante uma Bolsa
Produtividade para esta Pesquisa. Também agradeço às bolsistas
PIBIC/CNPq Aline Santana Martins e Monica Grumiché responsáveis
pela coleta dos dados aqui apresentados.


REFERÊNCIAS

ALVES FILHO, J. de P. Regras da transposição didática aplicadas ao
laboratório didático. Cadernos Cat. do Ensino de Física, v.17, n.2
p.174-188, Agosto, 2000. Disponível em <http://www.fsc.ufsc.br/cbef/
port/17-2/artpdf/a4.pdf> Acesso em agosto de 2009.


ARETIO, L G. Educación a distância hoy. Universidad Nacional de
Educación a Distancia, Madrid, 1994.

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo. Martins Fontes,
1997.

BELLONI, M. L. Educação a Distância. Campinas, SP: Autores
Associados, 1999.

 






352

CRUZ, D. M. O professor midiático: a formação docente para
a educação a distância no ambiente virtual da videoconferência.
2001. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção), Programa
de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: http://
www.scribd.com/doc/22168387/O-PROFESSOR-MIDIATICO-
FORMACAO-DOCENTE-PARA-A-EDUCACAO-A-DISTANCIA-POR-
VIDEOCONFERENCIA


___________. Aprendizagem por videoconferência. In: LITTO, Fredric
Michael; FORMIGA, Carlos. (Org.). Educação a Distância: O Estado
Da Arte. 1 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009, v. 1, p. 87-94.

FREIRE, P. Extensão ou comunicação. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1977.

GOMEZ, M. V. Educação em rede: uma visão emancipadora. São
Paulo: Cortez / Instituto Paulo Freire, 2004.

GUTIÉRREZ, F.; PRIETO, D. A Mediação Pedagógica. Educação a
Distância alternativa. Campinas, SP: Papirus, 1994.

LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na
era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34. 1993.


MARTINS, A. S. CRUZ, D. M. A EAD nas licenciaturas UFSC/
UAB: um estudo da comunicacao e das interações na disciplina de
Introdução a Educação a Distância. Contemporânea (Salvador), v. 6,
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MOORE, M. G; K. G. Educação a distância: uma visão integrada.
São Paulo: Thomson Learning, 2007.


MORAN, J. M. Os novos espaços de atuação do professor com as
tecnologias. Revista Diálogo Educacional (PUCPR), Curitiba, PR, v. 53


4, n. 12, p. 13-21, 2004.

PETERS, O. Didática do ensino a distância. São Leopoldo, RS:
Editora Unisinos, 2001.


VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 2005.
 
Identificação dos elementos:
a) Objeto de estudo: EaD
b) O problema de pesquisa: discutir como vem acontecendo a mediação pedagógica durante o processo de produção dos materiais didáticos do modelo UAB e a formaçao docente para a EaD nos quatro cursos de licenciatura a distância da UFSC.
c) Objetivos: investigar os processos comunicacionais decorrentes das mudanças na função docente na Educação a Distância- E a D;
Perceber as experiências e as diferentes soluções didáticas que são dadas durante o processo de apropriação das mídias.
d) A metodologia: pesquisa bibliográfica, análise de documentos, entrevistas, questionários.
Referencial Teórico: (AlVES FILHO, J. de P. (ARETIO, L G.) (BAKHTIN, M. ) (BELLONI, M. L ) (CRUZ, D. M ) FREIRE, P) (GOMEZ, M. V. ) (GUTIÉRREZ, F.; PRIETO, D) (LÉVY, P. ) (MARTINS, A. S. CRUZ, D. M) (MOORE, M. G; K. G.) (PETERS, O) (VYGOTSKY, L. S )
e)resultados: necessidade de desenvolver ferramentas teórico-metodológicas consigam abarcar a complexidade da comunicação na EAD para registrar melhor a quantidade e densidade da produção textual e das interações. Estudar os conteúdos, os sentidos e os significados para os agentes na troca de enunciados durante as situações didáticas é primordial para que se estabeleçam programas de formação que qualifiquem a mediação pedagógica

Um comentário:

  1. Olá, Betânia!
    Penso que a formação de professores para trabalhar na educação a distância viabilizará, entre outras coisas, a mediação pedagógica necessária a essa modalidade de ensino.

    DICA: Para atender à solicitação das professoras Vânia e Marilene, faça a separação, ou destaque, dos principais elementos do trabalho, como Objeto, problemática, objetivos, justificativa, metodologia, resultados e outros.

    Obrigada.
    braço.
    Carla Alessandra

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